13 de janeiro de 2007

Depus a Máscara

Depus a máscara e vi-me ao espelho.
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sem a máscara.
E volto à personalidade como a um términus de linha.

Álvaro de Campos

2 comentários:

Paulo Gomes Nunes disse...

Parabéns pelo teu primeiro post. Desejo que muitos venham aí.
Boa escolha de poema, também.

Ana Antas disse...

Mª José,

O poema que escolheste tem uma grande significação. A mim comunicou-me a imagem da inevitabilidade do percurso do ser humano que guarda em si a nostálgia da sua infância despida despida da carga dos anos.
Parabéns pelo teu trabalho.
Ana Antas